GINÁSIO ESTADUAL DE ITANHAÉM
AUTOR(ES): J.B.VILANOVA ARTIGAS, C. CASCALDI
DATA DE PROJETO: 1959
LOCALIZAÇÃO: AV.TIRADENTES, ITANHAÉM, SP.
FONTES DE PESQUISA: ACRÓPOLE, P.241, JUN.1961.
REFERÊNCIA DO TEXTO: ZEIN, 2005: P.116

A escola de Itanhaém abriga sete salas de aula e poucos equipamentos de apoio. A fileira contínua de salas de aula voltadas para sudeste definem o comprimento do edifício em cerca de 67 m; o abrigo conformado pela cobertura estruturada transversalmente em dois vãos, com dimensão entre os eixos de apoio 11 m perfazendo 22.5 m, amplia a área útil além da largura das salas de aula, de forma a criar um grande recinto coberto; o desenho triangular dos pilares ajuda a apoiar balanços resultando numa largura total de uns 27.5 m, promovendo o sombreamento das fachadas longitudinais. As salas de aula têm fechamentos em estrutura independente da cobertura; outros dois blocos, também de estrutura independente em paredes de alvenaria, acomodam-se sob a cobertura organizando cantina e sanitários, limitando o terço norte da área coberta para o pátio de recreação; um recorte na cobertura ilumina os sanitários e define um jardim; o terço sul da cobertura abriga, no lado oposto às salas, o bloco administrativo, e o espaçamento entre ambos configura o pátio de acesso vestibular.

A estrutura aparentemente simples lança mão de recursos bastante sofisticados: o eixo central de pilares tem sete e não nove apoios, como os eixos laterais, de maneira que os dois pórticos finais realizam o vão completo de aproximadamente 22.5 m; para compensar, o pilar do eixo central, que nos outros casos se posiciona com seu lado maior na direção do eixo transversal, no penúltimo eixo de cada extremidade posiciona-se perpendicularmente à fachada menor, sendo deslocado mais ou menos 2 m em direção às fachadas menores, compensando o balanço e o vão maior final, enquanto seu formato e posição ajudam a fazê-lo “desaparecer” visualmente. Assim, o pórtico não é tratado como solução padrão, indiferentemente repetida ao infinito, mas não ignora a necessidade compositiva de “terminar” as pontas do edifício, fazendo-o com extrema maestria.

 

FOTOS:


JULIO BERALDO VALENTE


JULIO BERALDO VALENTE


JULIO BERALDO VALENTE


JULIO BERALDO VALENTE

 
Fonte: Acrópole, jun.1961, p.241    

 

LOCALIZAÇÃO:

 

DESENHOS TÉCNICOS: JULIO BERALDO VALENTE

 

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